O conceito já exposto, de que na modernidade havia uma verdade a ser buscada através da Razão, foi implodida na pós-modernidade. Tendo em vista um mundo sem problemas, a modernidade trabalhou com absolutos inegociáveis a fim de conseguir seus objetivos. Com efeito, os escritores pós-modernos concordam que as pretensões absolutistas da pós-modernidade conduziram o mundo a sistemas opressivos, evidenciados pela presença de guerras e campos de concentração.
Se o produto de absolutismos provocou essas situações, havia motivos suficientes para se suspeitar de todo e qualquer absoluto. Como conseqüência, não há absolutos que controlem a sociedade. E neste aspecto, a pós-modernidade se constitui numa ideologia antifundamentos, ou seja, é uma visão de mundo que nega todas as visões de mundo. Francis Schaeffer definiu com propriedade o homem contemporâneo quando disse: “O homem de hoje tem os pés firmemente plantados no ar” (LAWSON: 1996, p.126). Na realidade, a única certeza absoluta na pós-modernidade é que não há certeza absoluta.
A desconstrução parte do pressuposto de que não há verdades absolutas. Tudo pode ser questionado assumindo um novo significado. Daniel Salinas diz que “de acordo com a desconstrução, a linguagem é o único meio através do qual podemos conhecer; sendo, porém, este fenômeno arbitrário deixa as palavras sem um significado permanente. É uma opção pessoal dar-lhes o sentido que cada um queira. Cada pessoa cria, arbitrariamente, sua própria realidade, ao utilizar a linguagem” (SALINAS: 2002, p. 27). Assim sendo, definições como família, moral, ética, entre outras, são interpretadas de acordo com quem o define. Isso gera uma outra característica da pós-modernidade: o relativismo.
LAWSON, Steven. Alerta Final. Rio de Janeiro: CPAD, 1996..
SALINAS, Daniel & ESCOBAR, Samuel. Pós-modernidade: novos desafios à fé cristã. São Paulo: ABU Editora, 2002.
1 comentários:
Hei Sombrio. Uma Boa fonte auxliar de leitura para os seus alunos do CFM. Você não acha?
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