terça-feira, 30 de novembro de 2010

E se meu filho se chamasse Aiden?



Por que Aiden? Por causa de Aiden Wilson Tozer, mais conhecido como A. W. Tozer. Bom, para aqueles que convivem mais intimamente comigo não seria novidade nenhuma se tivesse colocado o nome do meu filho de Aiden, uma vez que, no que tange às minhas citações em aulas ou em conversas com amigos, Tozer é um dos autores predominantes. Dá pra perceber que abandonei essa ideia, mas, confesso que ela me passou várias vezes à vista!
Tozer morreu em 1963, com 66 anos, publicou mais de 40 livros e influenciou uma geração de pastores e pregadores do evangelho. W. Wiersbe teve o privilégio de vê-lo pregar pessoalmente e chegou a comparar sua mensagem como um raio laser que penetrava a alma das pessoas profundamente. É difícil ler Tozer e não ter um confronto com o estilo de vida cristã que estamos vivendo.
Mesmo tendo morrido há mais de 40 anos, seus escritos continuam vivos. No vídeo abaixo, cujos créditos pertencem ao blog do Pr. Josemar Bessa (josemarbessa.blogspot.com), podemos ver um pouco da atualidade dos escritos de A. W. Tozer: "A Nova e a Velha Cruz".

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Será que oramos o suficiente?

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Dieta das Escrituras Final >> COMA O LIVRO!


2) COMA O LIVRO: o anjo ordena a João que ele coma o livro. Em algumas traduções a palavra é devorar, ou, consumir pelo comer. Apropriar-se da palavra é uma coisa, mas, comê-la? Adolf Pohl diz algo interessante  sobre isso: “Comer é uma maneira especialmente intensiva de contato. Assim acontece aqui um contato sumamente íntimo com o “mistério” ou a “palavra” de Deus. Há muitos que afoitamente passam adiante palavras com as quais sequer conciliaram sua vida. Contudo, a pressão e na tentação revelam se “comemos” a palavra, se ela se tornou para nós mais doce do que tudo que é doce, a ponto de não a podermos largar, assumindo em troca tudo o que for amargo (Pohl, A. Comentário Esperança, Apocalipse de João. Editora Evangélica Esperança. Curitiba:2008).
3) VOCÊ PRECISA ANUNCIAR A MENSAGEM DE DEUS: foi o que a voz o disse. É interessante que tal missão não é optativa, era obrigatória: você precisa! Quando nos alimentamos da palavra de Deus surge uma implicação automática, pois, somos obrigados a anunciar a mensagem de Deus às nações, línguas e reis. Aquele que se alimenta diariamente das Escrituras está tão cheio dela que a deixa transbordar através de seus lábios! Ela transborda na sua vida em forma de proclamação!

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Dieta das Escrituras >> Parte 2: VÁ ATÉ O LIVRO E O PEGUE!


1) VÁ ATÉ O LIVRO E O PEGUE: naquela visão, a primeira atitude de João é ir até o livro. Ele ouve uma voz que o ordena ir até o livro. Ir até o livro em obediência à voz do Senhor é a primeira atitude que Deus espera de nós. Isso reflete disposição e vontade em querer se aproximar do livro. João queria dizer que ao nos aproximarmos do livro deveríamos ter a atitude de alguém que vai a um restaurante ou a um grande banquete. Quando vamos ao restaurante temos expectativa, nossos sentidos ficam mais aguçados ao pensarmos nas coisas gostosas que nos aguardam.
Porém, nem sempre nossa vontade tem o desejo de se aproximar do livro. Nossa vontade é extremamente propensa ao mal. Deus tem que operar em nós para que haja cada vez mais vontade para se aproximar do livro. Agostinho, bispo de Hipona, disse certa vez: “Derrama tua graça no meu livre-arbítrio, para que ela possa caminhar  para ti” (Confissões de Agostinho, Editora Abril).
Em segundo lugar, a atitude era pegar o livro. “Pegar”, no original grego “lambano”, transmite a ideia de alguém que se apropria, de alguém que pega alguma coisa com a finalidade de usá-la. O termo também dá a idéia de alguém que pega alguma coisa e não larga, dizendo: “É meu”! Quando a voz vem a João dizendo para pegar o livro da mão do anjo a idéia era: “Aproprie-se do livro, tome posse dele e o utilize”!
Deus quer que nós venhamos nos apropriar da palavra de Deus para fazermos uso dela. Aplicarmos em nosso dia-a-dia. Receber dela a orientação e a instrução. É nela que saberemos como agir nas mais variadas situações de nossas vidas.
A solução de muitos de nossos problemas está em nos apropriarmos da Bíblia e aplicarmos ela em nossas vidas como palavra de Deus!

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Dieta das Escrituras >> Parte 1


Apocalipse 10.8 – 11
8 Então a voz do céu que eu tinha ouvido falou outra vez comigo, dizendo:
 — Vá até o anjo que está em pé sobre o mar e sobre a terra e pegue o livro aberto que ele tem na mão.
9 Eu fui e pedi ao anjo o livrinho, e ele me disse:
 — Pegue o livrinho e coma-o. No seu estômago ele ficará azedo, mas na sua boca será doce como mel.
10 Aí peguei o livrinho da mão do anjo e o comi, e na minha boca ele era doce como mel. Mas, depois que o engoli, o meu estômago ficou azedo. 11 Então me disseram:
 — Você precisa anunciar outra vez a mensagem de Deus a respeito de muitas nações, raças, línguas e reis.
Dentre todos os apóstolos, João foi o que teve um dos maiores privilégios de todos: chegar à velhice. E que velhice! Segundo consta, o apóstolo do amor morreu com mais de 90 anos. Levando em consideração que nos últimos dias de sua vida ele viveu preso e sofreu muito por conta do Evangelho, podemos enxergar a atuação da bondade, amor e cuidado de Deus para com ele.
Dos apóstolos, ele foi o que mais escreveu. É de sua autoria o Evangelho de João e as epístolas de 1, 2 e 3 João, bem como o Apocalipse. Neste último, uma peculiaridade: dos  404 versículos, 268 fazem referência indireta ao Antigo Testamento. Ou seja, João conhecia profundamente as Escrituras.
Mesmo conhecendo tão bem, Deus o convida a se alimentar do livro, no capítulo 10. Não entraremos em questões do tempo do fim ao meditarmos nesse capítulo. Faremos sim, uma reflexão daquilo que Deus pede de nós, ou, atitudes que devemos ter diante da palavra de Deus.
Na realidade, a pergunta que fica no ar é a seguinte: se nós somos o que comemos, o que acontece quando não nos alimentamos da palavra de Deus?

Como anda sua dieta das Escrituras?

Tenha fome das Escrituras!

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Precisa-se: pastores segundo o coração de Deus!

Numa época em que o evangelho tem sido barateado às custas daqueles que mercantilizam a fé...
Numa época em que a ética foi relativizada para valorizar o hedonismo...
Numa época em que o inimigo não mais se esconde, pelo contrário: tem rosto, nome, identidade...
Numa época em que as verdades absolutas se foram dando lugar às várias verdades...
Numa época em que os pastos verdejantes foram substituídos pela sequidão de estio...
Numa época em que integridade se transformou numa palavra destituída de qualquer exemplo...
É nessa época que precisamos de: PASTORES DE DEUS!


PROCURA-SE PASTORES SEGUNDO O CORAÇÃO DE DEUS!

A VONTADE DE DEUS AOS PASTORES!


Ser Pastor from alex palmeira on Vimeo.

sábado, 13 de novembro de 2010

Série Pós-modernidade: última parte >> HEDONISMO!


Essa palavra origina-se do grego, “hedone”, que significa prazer, deleite, aprazimento. Essa ideologia afirma que o principal ou único alvo da vida humana é a obtenção de prazer, tentando por outro lado evitar a dor ou o sofrimento. Começou com os filósofos gregos que asseveravam ser a busca do prazer o objetivo máximo da vida. No mundo contemporâneo, hedonismo pode ser entendido como a busca da felicidade através do prazer.
Tal característica é visível na pós-modernidade, tendo relação com uma mudança de paradigma concernente ao corpo. Durante o período medieval, havia um corpo sacralizado, identificado com o corpo cristão e que deveria ser ocultado. Com o avanço da anatomia e da fisiologia, aos poucos, o corpo deixa de ser enxergado como religioso e passa ser funcional. Com a revolução industrial, o corpo é visto como uma força trabalhadora, porém, paralelamente, com o advento da psicanálise, protagonizado principalmente por Freud, o corpo é também visto como uma dimensão pulsional, erógena. À medida que a humanidade vai avançando na construção do conhecimento, percebe-se que há uma mudança na relação de cada indivíduo com seu corpo.
Contemporaneamente, é enfatizado a concepção erógena, que reconheceu o corpo na sua totalidade de prazer, tendo como base o individualismo exacerbado e fazendo com que o mito do homem pós-moderno seja identificado como “Narciso”.

Esper diz:

A expressão contemporânea dessa mítica é traduzida em uma crescente cultura da personalidade centrada no “eu”, traduzidas em uma intensidade máxima de prazer - o hedonismo. Observa-se uma ressacralização do corpo que é venerado por verdadeiros cultos, com mandamentos a serem seguidos, não havendo mais a contradição entre o sagrado e o profano. Essas questões permeiam um universo comandado por imagens e signos, ideologicamente veiculados pela mídia e que, segundo o filósofo francês Debord (1980), comanda a “Sociedade do Espetáculo”. Nesse sentido, o sujeito desejante é capturado imageticamente pela ideologia vigente de corpos perfeitos, jovens e saudáveis” (ESPER: 2004, p. 3).

Ao analisarem-se as características do mundo contemporâneo, uma coisa fica evidente: a maioria delas baseia-se no individualismo. Se há algo que não representa um rompimento com o mundo moderno é justamente isso, o homem continua sendo a medida de todas as coisas. As características elencadas acima apenas representam novas formas de como esse homem enxerga o mundo e se relaciona com ele.


ESPER, E. M. B; NEDER. M. O corpo contemporâneo. In: Convenção Brasil Latino América, Congresso Brasileiro e Encontro Paranaense de Psicoterapias Corporais. Foz do Iguaçu: Anais... Centro Reichiano, 2004. CD-ROM.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Série Pós-modernidade: parte 5 >> RELATIVISMO!


Através da desconstrução, a “verdade” se transforma em “verdades”. Na prática, a definição de alguns conceitos basilares como moral, justiça, amor, entre outros, são definidos de acordo com a opinião de quem o enxerga. O entendimento do conceito de “moral”, por exemplo, pode não ser o mesmo entre duas pessoas. A interpretação válida será aquela que o indivíduo arbitrar. Sendo assim, o comportamento de tal indivíduo será moldado de acordo com sua visão de mundo, de acordo com sua individualidade.
Segundo o Instituto Gallup, numa pesquisa realizada nos Estados Unidos, revela que 67% dos americanos acreditam não haver mais verdade absoluta (LAWSON:1996, p. 125). Ou seja, não existe mais padrão para o certo e o errado, tudo é relativo. Contudo, a ressonância dessa ideologia vai de encontro aos valores morais que antes eram pétreos, como o aborto, a eutanásia, o sexo antes do casamento, entre outros.
Descarta-se de forma negligente os absolutos morais que antes eram grandemente honrados. Pensar em matar uma criança no útero era um ato difícil até de ser mencionado. Todavia, em algumas partes do globo o aborto não só é permitido como também transformado em algo bom, um direito constitucional. No Brasil, as discussões sobre o aborto já fazem parte dos jornais, tanto televisivos como impressos, inculcando vagarosamente o conceito de que todos têm o direito de arbitrarem sobre seus próprios corpos.


LAWSON, Steven. Alerta Final. Rio de Janeiro: CPAD.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Série Pós-modernidade: parte 4 >> DESCONSTRUÇÃO!


O conceito já exposto, de que na modernidade havia uma verdade a ser buscada através da Razão, foi implodida na pós-modernidade. Tendo em vista um mundo sem problemas, a modernidade trabalhou com absolutos inegociáveis a fim de conseguir seus objetivos. Com efeito, os escritores pós-modernos concordam que as pretensões absolutistas da pós-modernidade conduziram o mundo a sistemas opressivos, evidenciados pela presença de guerras e campos de concentração.
Se o produto de absolutismos provocou essas situações, havia motivos suficientes para se suspeitar de todo e qualquer absoluto. Como conseqüência, não há absolutos que controlem a sociedade. E neste aspecto, a pós-modernidade se constitui numa ideologia antifundamentos, ou seja, é uma visão de mundo que nega todas as visões de mundo. Francis Schaeffer definiu com propriedade o homem contemporâneo quando disse: “O homem de hoje tem os pés firmemente plantados no ar” (LAWSON: 1996, p.126). Na realidade, a única certeza absoluta na pós-modernidade é que não há certeza absoluta.
A desconstrução parte do pressuposto de que não há verdades absolutas. Tudo pode ser questionado assumindo um novo significado. Daniel Salinas diz que “de acordo com a desconstrução, a linguagem é o único meio através do qual podemos conhecer; sendo, porém, este fenômeno arbitrário deixa as palavras sem um significado permanente. É uma opção pessoal dar-lhes o sentido que cada um queira. Cada pessoa cria, arbitrariamente, sua própria realidade, ao utilizar a linguagem” (SALINAS: 2002, p. 27). Assim sendo, definições como família, moral, ética, entre outras, são interpretadas de acordo com quem o define. Isso gera uma outra característica da pós-modernidade: o relativismo.


LAWSON, Steven. Alerta Final. Rio de Janeiro: CPAD, 1996..
SALINAS, Daniel & ESCOBAR, Samuel. Pós-modernidade: novos desafios à fé cristã. São Paulo: ABU Editora, 2002.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Série Pós-modernidade: parte 3 >> COMPRESSÃO ESPAÇO-TEMPO!


Em conseqüência do ritmo acelerado das informações no presente, uma outra característica da pós-modernidade é a compressão espaço-tempo. É importante salientar que o tempo da sociedade atual está fragmentado e cronometrado, fazendo com que ele também entre nas relações de consumo, passando a ter um valor de troca. Há uma fusão entre passado, presente e futuro que se unem e formam um contínuo presente.
A presença de satélites, unidos a um sistema interligado de informações através das redes de televisão e a internet, fazem com que as barreiras espaciais sejam relativamente diminuídas. Através dessas redes, a informação atinge vários pontos do globo ao mesmo tempo, agilizando o processo de comunicação. Pode-se citar como exemplo o ataque terrorista às Torres Gêmeas e ao Pentágono em 11 de Setembro de 2001. Boa parte da população mundial assistiu o ataque à segunda torre em tempo real. Ou seja, tendo a informação chegado a várias partes do mundo na mesma fração de tempo, permitiu-se que houvesse a aniquilação do espaço por meio do tempo.
Essa velocidade de informações, entretanto, faz com que as relações se tornem cada vez mais superficiais. Harvey afirma que o fenômeno da televisão demonstra “um apego antes às superfícies do que as raízes, à colagem em vez do trabalho em profundidade, as imagens citadas superpostas e não as superfícies trabalhadas, a um sentido de tempo e espaço decaído em lugar do artefato cultural solidamente realizado” (HARVEY, 1992, p. 63). É enorme a quantidade de informação que precisa ser adquirida. Em contrapartida, aumenta a demanda de tempo para que ela seja assimilada. Sendo assim, há uma sensação de que o tempo está cada vez mais curto, fazendo com que outras relações como família, amigos, lazer, entre outras, fiquem prejudicadas.


HARVEY, David. Condição pós-moderna. São Paulo: Loyola, 1992.

Velocidade da Informação


Jornalismo e Velocidade from Thais Faria on Vimeo.

domingo, 7 de novembro de 2010

Série Pós-modernidade: parte 2 >> CONSUMISMO!


“Ser” está intimamente relacionado ao “ter”. Vive-se de modo a alcançar cada vez mais e melhores bens a fim de que se possa ser reconhecido como um cidadão plenamente adequado ao mercado consumidor. O cidadão tido como “normal” é aquele que se adequou ao consumismo. Já um cidadão que não conseguiu se adequar a essa lógica é entendido como um “estranho”.
Com o domínio da tecnologia, as grandes produções publicitárias e a agilização do processo de fabricação, novos produtos são lançados quase que diariamente. Nessa ótica, o mercado consumidor tem como base a insatisfação humana como combustível para a continuação desse ciclo consumista, gerando a movimentação contínua do mercado. Sendo assim, aquilo que se consome nada tem a ver com a utilidade ou a necessidade, mas, com a manipulação dos significados, que geralmente tendem a referir-se à felicidade. Baudrillard aponta o consumo como o organizador da vida cotidiana. A maioria das relações, senão todas, estão em órbita com esse paradigma da sociedade atual.
Como conseqüência, há um aumento notável da criminalidade, pois, muitos que não têm como adquirir um produto, roubam ou furtam não por necessidade, mas pelo desejo de possuir. Na realidade, não somente pelo desejo de possuir, mas pelo desejo de afirmação em determinado grupo, já que o ser está relacionado com o ter. Em alto e bom som a era pós-moderna proclama: “Diga-me o que consomes, e lhe direi quem és”. Bauman diz: “O que se tem registrado, em anos recentes, como criminalidade cada vez maior não é um produto do mau funcionamento ou negligência – muito menos de fatores externos à própria sociedade. É, em vez disso, o próprio produto da sociedade de consumidores, logicamente; e, além disso – também um produto inevitável” (BAUMAN: 1998).


sábado, 6 de novembro de 2010

Série Pós-modernidade: parte 1


O conceito “pós-modernidade” é discutido pela sociologia, uma vez que muitas são as vertentes que tentam explicá-la. O termo foi usado pela primeira vez na década de quarenta. Um dos primeiros eruditos a utilizá-lo foi Arnold Tonybee, que era um historiador (VEITH JR:1999, p.37)4.
Contudo, definir exatamente o que é “pós-modernidade” é tarefa quase impossível. Champlin diz: “A filosofia analítica tem-nos ensinado que nenhuma palavra de sentido abrangente, como ‘verdade’, ‘beleza’, ‘ciência’, ‘religião’, etc., pode ser devidamente definida de um fôlego só. Antes só conseguimos uma série de descrições incompletas, as quais, em seu conjunto, podem conferir-nos uma noção regularmente boa do objeto assim descrito” (CHAMPLIN:2004, vol. 05, p. 641)5. Sendo assim, “pós-modernidade”, ou qualquer outro termo que tente definir o tempo contemporâneo, só se fará entendida quando observados um conjunto de ideologias que o cercam.
Usa-se o termo “pós-modernidade” nesta pesquisa por ser o mais comumente usado na área acadêmica. No entanto, outros termos usados por estudiosos também ajudam nesta construção do entendimento do tempo presente.

Bauman afirma:

“[...] é numa época que Anthony Giddens chama de 'modernidade tardia', Ulrich Beck de 'modernidade reflexiva', Georges Balandier de 'supermodernidade', e que eu tenho preferido (junto com muitos outros) chamar de 'pós-moderna': o tempo em que vivemos agora, na nossa parte do mundo (ou, antes, viver nessa época delimita o que vemos como a 'nossa parte do mundo'[...]) (BAUMAN: 1998, p. 30)6.

Os vários termos que tentam definir a presente era, levam em consideração as características mais marcantes dessa. Assim, conforme se vê estas características é construída uma idéia do que seja o tempo presente. Analisando os numerosos termos existentes, tenta-se entender o presente tendo em vista as controvérsias existentes resultantes da dificuldade de se examinarem todos os processos que estão em curso.
Para um dos primeiros a utilizar o termo, o filósofo frânces Jean-François Lyotard, a condição pós-moderna caracteriza-se pelo fim das metanarrativas. Para ele “o pós-moderno, enquanto condição da cultura nesta era [pós-industrial], caracteriza-se exatamente pela incredulidade perante o metadiscurso filosófico-metafísico, com suas pretensões atemporais e universalizantes” (LYOTARD:1986, Introdução, p. viii)7. Entretanto, sua pretensão de definição ficou mal esclarecida, pois, se assim fosse, todas as teorias teriam de ser descartadas.
Giles Lipovetsky, defende a idéia de hipermodernidade. Em sua obra “A Era Do Vazio”, argumenta que não houve um rompimento com o mundo moderno, como sugere o termo “pós”. Pelo contrário, esta era é marcada pela exacerbação de suas características, tais como o consumismo, o individualismo, a ética hedonista, a fragmentação do tempo e do espaço e a perda de sentido das grandes instituições morais, sociais e políticas.
O sociólogo polonês Zygmunt Bauman, que foi um dos popularizadores do termo “pós-modernidade” no sentido póstumo de modernismo, prefere utilizar atualmente o termo “modernidade líquida”, destacando a realidade ambígua e multiforme desse tempo, baseado na clássica expressão marxiana de que “tudo o que é sólido se desmancha no ar”.
Diante da exposição das idéias desses três teóricos, que não se constituem nos únicos a escreverem sobre o tema, existe a possibilidade de nomear as características contemporâneas com mais entendimento. Seria impossível exaurir todas essas características, haja vista o grande número delas.


4  VEITH JR, Gene Edward. Tempos Pós-modernos. São Paulo: Cultura Cristã, 1999.
5    CHAMPLIN, Russell Norman. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia, vol. 05. São Paulo: Hagnos, 2004.
6    BAUMAN, Zygmunt. O Mal Estar da Pós-modernidade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1998.
7    LYOTARD, Jean-François: O pós-moderno. Rio de Janeiro: Olympio Editora, 1986.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

A Incrível História de Zac Smith!

Por que sofremos? Esta é uma pergunta que sempre permeia a mente de todos na humanidade. Geralmente, quando se pensa em felicidade tende-se a excluir qualquer possibilidade de sofrimento. Mas é possível vivenciar a felicidade em Deus quando se tem noção de que Ele é Soberano.
A história de Zac Smith nos leva a pensar se temos consciência da soberania de Deus nas nossas vidas. Assista, reflita e se emocione!

493 Anos da Reforma: A Graça por Vários Ângulos! (Última Parte)

A graça preveniente seria o ato divino que influencia os homens a buscarem a bondade e a espiritualidade, antes que qualquer reação por parte deles. Os que aplicam o batismo infantil crêem nesta teoria, pois, Deus faria pelos infantes algo que eles não podem fazer por si mesmos. Esse tipo de graça não é algo que se opere de uma vez por todas. Antes, seria uma operação contínua, tanto no caso de crentes quanto a incrédulos. Trata-se da influência do Espírito de Deus neste mundo, a fim de realizar seus desígnios benévolos incluindo o propósito de salvar, mas também a graça necessária para o bem geral.
A graça eficaz é a graça que leva a efeito o propósito para o qual foi dada. É eficaz porque é simplesmente a graça de Deus. O que está envolvido nela é a doutrina de Deus, ou seja, aquilo que Deus propões e cumpre não pode falhar nem dar em nada; de outra forma ele não seria Deus. Sobre esta graça repousam todos os benefícios que a humanidade pode esperar obter. Dentro do mistério da vontade de Deus, essa graça será, finalmente, eficaz num sentido universal.
No que tange à graça irresistível, pode-se afirmar que ela está ligada à teoria de Calvino. Ela aborda que os predestinados para a vida eterna acabarão por ceder, mais cedo ou mais tarde, aos reclamos da graça de Deus. Mesmo que não o queiram, não poderão resistir ao chamado da salvação. Sendo assim, a graça de Deus seria totalmente incondicional e irresistível na vida dos eleitos.
Por último, tem-se a graça suficiente. É a graça adequada para a salvação do crente, aqui e agora, e por toda a eternidade. Assim como se dá com os outros aspectos da graça especial, sua suficiência flui do poder e bondades infinitos de Deus. Esse é poder de Deus, conferido aos homens, mediante o Espírito Santo, o que lhes dá a capacidade de fazer alguma coisa, ou de crescerem espiritualmente, mas que os homens, mediante a negligência, podem deixar de usar. Ainda existem muitos outros tipos de graça: graça habitual, graça santificadora, graça preventiva, graça sobre graça, entre outros.
Nossa certeza maior é: a salvação é de graça e por graça. Foi isso que a Reforma nos permitiu enxergar! Sola Gratia!

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

493 Anos da Reforma: A Graça por Vários Ângulos! (Parte 2)

A graça comum era uma expressão utilizada pela teologia reformada. Ela afirma que há uma graça divina que beneficia a todos os homens, embora não leve todos a salvação da alma, e nem envolva o intuito de salvar a todos os homens. É uma graça relativa a favores administrados por Deus a toda raça humana e que visa a preservação da vida na terra. Ela carrega o nome de comum pelo fato de referir-se aos favores divinos como a noite, o dia, as estações, a regularidade dos movimentos de translação e rotação, a cadeia alimentícia, o sistema de defesa do corpo humano, entre outras coisas.
A graça especial é a graça obtida mediante a fé no sacrifício vicário do Filho de Deus. Através dela, Deus salva, justifica e adota o pecador como filho. Segundo Champlin, a graça especial é a operação divina em favor dos eleitos. É a fé descrita em Efésios 2.1-8.