Enquanto queimava na fogueira, John Huss exclamou: "Vocês podem matar este cisne, mas daqui a cem anos se levantará um ganso do qual não conseguirão afogá-lo". Bem, ele errou por dois anos. Cento e dois anos depois, Martin Luther afixava nas porta da Igreja do Castelo de Wittenberg as 95 teses que deram origem à Reforma. Quais as recompensas da Reforma? Acredito que o redescobrimento da fé, da Escritura. Mas, principalmente da graça de Deus.
A doutrina da graça é explorada de diversas formas por pregadores, ensinadores e pela igreja como um todo. Depois da Reforma, a palavra "graça" foi amplamente difundida e conhecida. Através da vida dos reformadores a palavra de Deus foi redescoberta e recolocada no seu devido lugar. Sendo assim, a graça de Deus foi reavivada. Entretanto, pela plena difusão da graça de Deus, muitas pessoas começaram a interpretá-las de várias formas e ela passou a ser vista de vários ângulos.
No sentido etimológico, a graça pode ter vários significados, como graciosidade, atrativos, favor, cuidados ou ajuda graciosa e boa vontade. No original grego a palavra é "charis" e envolve todos os sentidos descritos acima. Nas epístolas paulinas ela representa saudação nas cartas, banção expressa no fim das mesmas ou o desejo de bem-estar acerca dos leitores da mesma. No decorrer da história da teologia, muitos conceitos surgiram concernentes a graça, tais como: a graça comum, a graça especial, a graça preveniente, a graça eficaz, a graça irresistível e a graça suficiente.
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