Certa vez perguntaram a Winston Churchill o que era sucesso. Ele respondeu: “- Sucesso é se levantar de um fracasso após o outro sem perder o entusiasmo”. Frase contundente, que para alguns soa como pessimista, por considerar a vida recheada de fracassos. Para outros, mais realistas, a frase é uma constatação. A vida é sim recheada de dificuldades. A transposição das barreiras que se colocam à nossa frente dependerá da atitude que teremos diante delas. O que Churchill quis dizer não era que devemos dar demasiado valor aos fracassos. Mas que, ainda que as maiores dificuldades nos sejam apresentadas, nunca devemos desistir de lutar.
Quando nosso olhar incide sobre a epístola de Filipenses o sentimento é o mesmo. Enxergamos um homem que experimentou diversas dificuldades. Ele teria os maiores motivos para ser um homem triste, fracassado e frustrado. Provou prisões, açoites, rejeição, privações, fome. Na ótica humana, teríamos todas as razões para colocarmos nele o rótulo de “derrotado”. Na ótica divina, entretanto, o decalque que deveria ser colocado sobre ele era “vencedor”. Este homem, o apóstolo Paulo, descobriu uma razão para lutar bem maior que Churchill. Ele entendeu que o seu contentamento era o Senhor, motivo pelo qual tinha forças para se levantar.
Além de ter sofrido muito durante sua vida, na ocasião em que escreveu aos crentes de Filipos, Paulo tinha o hálito da morte bem perto dele. A realidade da única certeza da vida era iminente. Ele estava em prisão domiciliar em Roma, esperando uma sentença que poderia levá-lo à morte. O diagnóstico era: um recém-idoso, preso, esperando como se daria o fim de sua vida.
Diante de tais considerações, seria óbvio pensar que ele escreveu uma carta de lamento, transmitindo a tristeza profunda que sentia naquele momento. Porém, nos surpreendemos quando ele diz: “Tenham sempre alegria, unidos com o Senhor! Repito: tenham alegria!” (Fp 4.4; NTLH). Contrariando a lógica, o que Paulo escreveu é um tratado de como viver a alegria do Senhor em qualquer situação da vida. Em seus momentos finais, o apóstolo transcende qualquer entendimento humano e se mostra na sua melhor forma pastoral.
Num tempo tão conturbado como o nosso, em que somos quase consumidos pelas pressões que nos assolam, Filipenses traz um bálsamo ao coração! Ela evidencia que nossa satisfação deve ser o Senhor! Nela o Espírito Santo ministra ao coração daqueles que necessitam de alegria, conscientizando-nos de que devemos manter o nosso foco na esperança do céu!
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